Espécies de golfinhos na América do Sul

SOUTH AMERICAN RIVER DOLPHIN INITIATIVE SARDI

Diversidade de golfinhos fluviais na América do Sul: foco no Orinoco e na Amazônia

Das seis espécies reconhecidas de botos fluviais no mundo, duas espécies notáveis ​​residem na América do Sul, especificamente nas vastas e biodiversas bacias do Orinoco e do Amazonas. Estas espécies, o boto cor-de-rosa e o boto cinzento, não só fascinam pelas suas características únicas e adaptações específicas aos rios, mas também pela sua importância ecológica nestes ecossistemas aquáticos.

Estas são as espécies que melhor conhecemos e que são reconhecidas pela comunidade científica:

Dos oito botos fluviais que existem no mundo, quatro são encontrados na América do Sul, nas bacias do Orinoco e do Amazonas. Duas das espécies mais conhecidas são o boto rosa Inia geoffrensis e o boto cinza ou tucuxi Sotalia fluviatilis. Dos oito botos fluviais que existem no mundo, quatro são encontrados na América do Sul, nas bacias do Orinoco e do Amazonas. Duas das espécies mais conhecidas são o boto rosa Inia geoffrensis e o boto cinza ou tucuxi Sotalia fluviatilis
Inia geoffrensis - Fernando Trujillo - Fundacion Omacha

Inia geoffrensis

O boto rosa, o maior golfinho de água doce do mundo, mede até 2,8 metros e pode pesar 180 quilos

Tucuxi / Sotalia Fluviatilis

O boto cinza, que chega a 1,6 metro e pesa cerca de 50 quilos.

Além disso, existem outras espécies que ainda não são reconhecidas internacionalmente.

Inia geoffrensis - Fernando Trujillo - Fundacion Omacha

Inia araguaiensis

Também conhecida como Boto do Araguaia, essa espécie possui variação genética diferente do restante de Inias, pois está isolada no Brasil devido a barragens

Inia geoffrensis - Fernando Trujillo - Fundacion Omacha

Inia boliviensis

Também conhecida como Bufeo, esta espécie possui uma variação genética diferente do restante de Inias, pois está isolada na Bolívia devido a barragens.

A tendência na América do Sul é a diminuição das populações das suas principais ameaças:

Conflitos com atividades de pesca, como captura acidental em redes de pesca.
Freqüentemente ficam presos em redes de pesca, um problema grave durante as atividades pesqueiras.
São caçados e comercializados ilegalmente para utilização em produtos tradicionais e como isco de pesca.
As barragens hidroeléctricas alteram significativamente os seus habitats naturais, bloqueando as suas rotas migratórias e afectando os ecossistemas fluviais.
O mercúrio, utilizado na mineração e outras indústrias, polui as águas, acumulando-se nos tecidos dos golfinhos e afetando a sua saúde.
A perda de florestas ciliares diminui a qualidade do habitat, erodindo as margens dos rios e alterando a cadeia alimentar fluvial.
Camilo Diaz - WWF Colombia

Juntos é possível conservar essas espécies e seus lares de água doce!

Fazemos parte da South American River Dolphin Initiative (SARDI), uma organização dedicada à preservação e proteção dos golfinhos fluviais, e temos orgulho de fazer parte de uma rede comprometida com a conservação desses maravilhosos mamíferos aquáticos e seus habitats. Como membros ativos da SARDI, realizamos uma série de ações estratégicas e atividades significativas para cumprir a nossa missão:

Realizamos expedições para analisar as tendências da população de golfinhos (e assim saber se estão a aumentar, a diminuir ou a permanecer estáveis) utilizando tecnologias como o rastreamento por satélite.

Promovemos ações de advocacy, em conjunto com parceiros e governos, para criar planos de ação que contribuam para a conservação dos golfinhos e dos rios.

Fornecemos informações para a expansão de áreas protegidas e estabelecimento de corredores biológicos para essas espécies.

Apoiamos também o trabalho dos parceiros com as comunidades locais na pedagogia das pescas e na redução de conflitos.